Abro as janelas.

As pessoas precisam entender que em tempos de pandemia, é melhor pegar uma chuvinha fina do que gripe suína. Sexta eu abri a janela do ônibus enquanto estava “pingando”. Não morri afogado. Pode ser arrogância da minha parte, mas me recuso a respirar o mesmo ar de indivíduos que não sei da onde saíram. Não achei ao certo o número de doenças transmitidas pelo ar, mas sei que são muitas. Entre elas posso citar Hanseníase (antiga lepra), Tuberculose, Meningite e a Gripe suína. Quer dizer que pro Zezinho não pegar umas gotinhas de chuva, eu tenho que correr esses riscos? Não que abrindo as janelas elimine-os totalmente, mas com certeza todos respirando o mesmo ar ajuda a misturar as doenças das pessoas presentes. Depois eu acabo leproso, meus dedos caem (pra não dizer coisa pior), e eu tenho que ter a educação com estas pessoas? Poupe-me. E viva a chuva, água é vida!

Eu ri.

Estava eu lendo um blog por aí, teoricamente sério. Seriedade demais vira chatice. Todo mundo deveria ter responsabilidade, postura nos locais adequados. Porém, homens e mulheres que se julgam sérios, que não comem ninguém têm senso de humor, tornam-se meros idiotas. Tão idiotas quanto os que não sabem falar sério, porém mais idiotas, pois são idiotas infelizes. Sofri com pessoas assim esta semana, no grupo de discussão da minha faculdade. Enquanto alguns colegas fizeram brincadeiras, outros falaram que a utilização do grupo era exclusivamente de estudo, pedindo para não enviar mais estes tipos de e-mail, pois estava lotando a caixa postal. Obviamente, com minha “xaropice” de volta fui obrigado a me manifestar. Eu justifiquei a atitude dos colegas de duas formas: e-mail é apenas mais uma forma de relação humana, e há brincadeiras no convívio social. E também o título do e-mail deixava claro que era brincadeira, pois dizia BOBAGEM – alguma coisa que esqueci.

Odeio gente que pensa que é muito ilustre, “tira onda” de importante. Fiquei com vontade de dizer: sério sou eu, você é mal comida infeliz. Mas o pior problema não é ser sério, é julgar-se interessado exclusivamente em estudo, e ser apenas um ignorante, como já falei aqui antes sobre os indivíduos que ignoram. Há algumas configurações pessoais no Google Groups, que permitem limitar o número de e-mails ou nem receber e-mails. Mas como a pessoa usava Outlook, cada resposta aos tópicos era um e-mail novo. Não a culpo por ser uma mulher séria, mas culpo-a por ser uma mulher burra. Depois de muito blábláblá, mostrei a ferramenta e só obtive silêncio. Quem cala consente, mas neste caso deveria ser constrangimento.

Eu não sou um exemplo de “Zé Graça”, sou um pouco chato e confesso. Mas têm dias que estou muito “engraçadinho”. Gosto de uma bobagem de vez em quando. Esta que vou postar eu ri, foi boa demais. Reparem no TOP: Chanceler e diplomata. rçrçrç.

É necessário clicar na imagem para vê-la grande.

Revolta xaropística

Todo mundo em certa idade tem uma fase meio “cabeça”, meio “filosófica”. Lá pelos dezesseis anos, em que o ser humano se torna xarope, quando não é pervertido. No meu caso, creio que não fui pervertido. O que me restou foi me tornar um xarope.

Sendo um xarope, eu me sentia meio revolucionário não comunista. Pra quem não sabe, tenho aversão à comunistas. Eu me revoltava com coisas revoltes, não fazia vista grossa. Criticava, e tentava sempre fazer algo. Dificilmente conseguia chegar a algum resultado, ter dezesseis anos não é fácil. Uma vez me revoltei com LARVAS que encontrei em um BIS, eu pretendia processar a Lacta. Eu me senti indignado, humilhado. Minha honra foi ferida. Mas não tive apoio que eu precisava, como jovem não emancipado.

O que importa agora não é o passado. Mas eu tinha muita hostilidade e não era muito sociável. Como todo velho, fui me acalmando... O tempo passa, e os tiranos ficam menos tiranos, os xaropes se acalmam um pouco. Mas eu fui e estou agüentando tudo, ao poucos. A garrafa encheu, recuperei minha hostilidade triplicada, minha revolta e a sede por justiça.

Não vou falar sobre o que aconteceu, já fiquei triste o bastante. Foi um fato que repercutiu na mídia on-line, de maldade com animais. Isso me indigna, me revolta. Prefiro nem pensar. Se quiser ver a reportagem disso clica AQUI. Não recomendo assistirem isso, são cenas fortes e revoltantes

Fiz tudo que estava a meu alcance, entupi as caixas de e-mail da Polícia Federal, Ministério Público, emissoras de TV, Ibama, algumas ONGs defensoras de animais, divulguei no Orkut... Mandei e-mail para alguns políticos, por sinal até tive resposta de um, o Deputado que criou um projeto de lei defendendo bixinho, o nome dele é Ricardo Tripoli. Não sei o partido nem me interessa. O que importa que graças a mim e outros XAROPES, isso foi parar na TV. A comunidade de Orkut contra os autores destes crimes estava com 800 pessoas domingo, na terça já tinha 4400 xaropes. Nós, xaropes, unidos conseguimos causar a revolta no senso comum, o efeito “revolta de massa” faz com o que obrigue as autoridades responsáveis a fazerem algo, que teoricamente seria o trabalho deles.

O mais importante disso tudo é que de repente minha “xaropice” está de volta... E com força total.

Filho do Wolverine

Não sei o que é mais chocante neste vídeo: a ignorância do motorista ou o rapazinho não ter se ferido.

Deixem-me respirar!!!

Na ponta dos seus cigarros, queima suas vidas. Botar fumaça pra dentro de seu próprio organismo para sentir prazer em ficar doente e fedido é direito de cada um. A individualidade e livre arbítrio são direitos individuais inquestionáveis.

Falaremos de direitos então. Eu como jovem saudável, que não gosta de maus hábitos, tenho todo o direito de respirar. E esse direito eu tenho na rua, também. Como já disse anteriormente neste blog, sou usuário do transporte público. E fico indignado quando algum idiota decide fumar na fila do ônibus. Educação não é de faixa etária. Já fui vítima da fumaça mortal tanto de jovens quanto de senhoras, teoricamente de respeito.

Enquanto isso, meu pobre pulmão que jamais pediu para receber fumaça chora. O que me resta é perder a minha educação e dar um tabefe pedir para que a pessoa me deixe respirar. Afinal, eu tenho este direito. E quando for pedir não vai ser educadamente, sou espontâneo demais para ser educado com gente assim.

Hm.

Pra mim, a diferença entre uma pessoa burra e uma inteligente é simples. O indivíduo burro é preguiçoso, não é curioso. Prefere pedir ajuda ao invés de buscar o conhecimento para conseguir fazê-lo sem ajuda. Já o inteligente, é curioso, busca o conhecimento e aprende com seus erros.

Há muitos “pseudoconhecedores”. Todo mundo, independente da classe social possui um sobrinho ou amigo que “sabe tudo de computador”. Ouvi isso de um faxineiro que limpava a sala em que eu trabalhava antigamente. O engraçado que ele me contou uma história de que o tal sobrinha fez alguma $#@# no computador e eles tiveram que chamar o técnico... Sabe tudo o malandro!

Só os leigos que permitem que seus computadores sejam mexidos e revirados por terceiros, e o pior, ainda pagam para isso. O HD (HardDisk para quem não sabe, ou Disco Rígido em Português, é o componente do computador em que ficam armazenados os dados), para mim não é um componente do meu computador. Ele é minha memória, meu acervo de informações. Contém desde meu lazer (música, jogos, etc..) até meu estudo e trabalho. Como eu poderia deixar isso nas mãos de um estranho?

A situação que me revoltou foi a seguinte: um fulaninho, que é meu amigo veio me pedir ajuda, pois o jogo dele estava “ruim demais” no supercomputador que seu pai havia acabado de comprar. Quando ele me disse que tal computador havia 3 Gb de RAM, como se fosse um supercomputador, já foi o suficiente pra mim. Desde quando memória RAM demonstra capacidade de alto desempenho para jogos? O indivíduo não sabia qual era o processador. No final das contas, o pai dele havia comprado um Pentium Dual Core, sei lá qual modelo, da POSITIVO. Pra começar, 3 Gb de RAM não faz nem Dual Channel. Além de ser um processador medíocre para os padrões atuais, o CACHE dele é dividido pelos dois núcleos. Possui um ótimo desempenho para low-end e um desempenho satisfatório para high-end, mas não para jogos, poxa! E as especificações de vídeo, nas quais são importantíssimas para jogos, foram ignoradas.

Eu sabia que tal computador, mesmo não sendo poderoso, seria suficientemente bom para o jogo que ele queria. Então sugeri a ele fazer algumas coisas, como atualizar o drive de vídeo, colocar o máximo de memória compartilhada no vídeo, ativar os recursos de aceleração do Direct X, configurar o próprio jogo... Conversa vai, conversa vêm, eu não conseguia fazer que o rapaz me entendesse. Mesmo sendo extremamente didático e passo a passo... Pacientemente sugeri ao jovem que ele instalasse o Logmein, que é um software para acesso remoto extremamente seguro, que utiliza criptografia de 256 bits. Ele disse que seu pai ficaria “bolado”. Foi aí que eu me indignei e simplesmente sumi.

Há medo do desconhecido, e preguiça de conhecê-lo. Tanto o rapazinho, filho do faxineiro quanto esse meu amigo têm uma coisa em comum que não sei ao certo o que é. Mas eu desaprovo... E qualquer dúvida, por favor, o Google está lá! Obviamente isso não é motivo para não pedir uma opinião, dica, sugestão... Mas há acervo de conhecimento PARA AQUELES QUE QUEREM CONHECER.

Mais um palhaço no circo.

Florianópolis é para mim um grande circo. Mas não um circo qualquer, é um circo repleto de palhaços. Estes seriam os moradores. O público são os turistas, pois gastam um pouco de dinheiro, deixam lixo, bagunça e simplesmente partem. E os donos do circo, estes eu acredito que são figuras características. Aquelas figurinhas bem conhecidas.

Eu, um pobre palhaço... Resta-me saber o que são os cobradores de ônibus, motoristas, e empresários donos das empresas de ônibus. Há três dias não trabalho, a cidade está parada, um verdadeiro caos. Graças a esta classe de vagabundos trabalhadores, que não possuem respeito aos que dependem do transporte coletivo para se locomoverem.

O revoltante é que a classe deles ganha razoavelmente bem, equiparado ao resto dos brasileiros. Pessoas sem estudo fazem um trabalho relativamente simples. Um motorista ganha cerca de R$ 2500,00 e os cobradores por volta de R$ 800,00. Sem contar os benefícios. E a jornada de trabalho é de 6 horas diárias.

Enquanto isso resta aos palhaços serem comidos pelos leões.